terça-feira, 15 de março de 2016
BRIGA LIBERADA?
BRIGA LIBERADA? - Terça-feira, 15 de março de 2016
"Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito", diz o Senhor dos Exércitos. Zacarias 4:6, NVI
Na maioria dos esportes de contato, não pode haver atos violentos entre jogadores de times opostos. No futebol, quando o juiz percebe que o toque foi feito com intenção de machucar, dá logo um cartão vermelho, expulsando o ofensor da partida. O time também é penalizado, ficando com um jogador a menos.
Mas no hóquei no gelo é diferente. Na liga estadunidense, a troca de socos entre os jogadores é liberada. Não há um regulamento oficial para isso, mas os juízes só interferem quando um dos jogadores cai ou perde o capacete. A única coisa que acontece com os envolvidos é uma punição de alguns minutos no banco de reservas, mas a partida prossegue como se nada tivesse acontecido.
A verdade é que a violência atrai a atenção popular. Há times que até contratam jogadores fortes, mas sem tanta habilidade no esporte, para bater quando o técnico julgar necessário. Apelando para o lado mais baixo da natureza humana, muitos são os que apreciam essa troca gratuita de socos e pancadas.
Infelizmente, a violência não se restringe a um esporte distante de nossa realidade. Ela está presente nos corredores das escolas, entre grupos de crianças, adolescentes e jovens. A violência física ou verbal deixa marcas profundas, que podem levar a vida inteira para cicatrizar. Em alguns casos não sararam nunca. Muitas vezes, ela vem disfarçada na forma de "brincadeira". Como isso acontece? Os valentões que a praticam minimizam suas ações covardes contra os mais fracos e diferentes ao dizer que estão apenas brincando.
Hoje, esse tipo de violência recebeu nome específico em língua estrangeira – bullying –, mas sua prática é antiga e conhecida de todos. Embora muitos aceitem que se trata de algo normal, pelo qual todos passam e que faz parte da juventude, somos convidados por Deus a assumir uma postura diferente, de respeito, mansidão e domínio próprio. Ele nos chama também a não nos assentarmos "na roda dos escarnecedores" (Salmo 1:1, ARA).
Não se deixe enganar – a brincadeira só existe quando é boa para os dois lados! Quando ela humilha, envergonha e maltrata, não é brincadeira nenhuma. Se você se sente tentado a se unir a pessoas que praticam esse tipo de ato, fuja. Peça a Deus um coração novo e novas amizades. Ele é capaz de transformar por completo sua mente, seu coração e seus atos.
(Cecília Eller Nascimento. In: De Olho no Prêmio – Inspiração Juvenil. Tatuí, SP, Brasil: CPB, 2016)
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